Ao iniciar minha participação no movimento comunitário tive condições de fazer uma análise e uma síntese do que significa MOVIMENTO COMUNITÁRIO.
Durante a minha vida eu sempre busquei projetos individuais, isto é, o único objetivo era eu e os meus, mas deixou claro que NUNCA participei de lutas pelas causas populares, ou comunitárias, e obviamente NUNCA utilizei de nínguém para galpar na minha vida profissional ou financeira.
Sempre fui muito ativo e determinado. NUNCA entreguei os resultados de minhas possíveis conquistas nas mãos de terceiros, isto é, nunca fui passivo e sim, sempre ativo.
E hoje, buscando novos objetivos coletivos e comunitários posso perceber que determinados grupos de pessoas, unidas por determinados objetivos, seja através de um sindicado, ou de uma cooperativa, ou de um time de futebol, ou uma entidade social, ou uma igreja e até mesmo uma associação de bairros, entregam os seus objetivos pessoais nas mãos de terceiros, talvez por acomodação, ou por pura falta de determinação e até mesmo por incapacidade de analisar o que é bom ou ruim para ele ou sua família, e acabam cometendo um ERRO GRAVÍSSIMO, fortalecem pessoas cujos objetivos é se darem bem usando estes como massa de manobra.
E estes que recebem esta responsabilidade, se agirem com segundas e escusas intenções, terão um poder em suas mãos, com resultado sempre nefasto à maioria não conveniada.
E isto podemos ver através do processo eleitoral, onde nós entregamos ou delegamos poderes aos nossos representantes, tanto no Executivo, como no Legislativo, e estes após atingirem uma ideologia maior, abandonam seus pares das ideologias menores, e acabam somando com outros na busca de um poder sempre nefasto à maioria não conveniada, e temos ainda que ouvir muitos destes dizerem nas plenárias, das diversas Câmaras, seja Municipal ou Estadual ou Federal, que são a "BASE DO GOVERNO", embora que tenham sido eleitos pelo povo como seus fíéis escudeiros.
Então acredito que seja a hora do povo se unir na busca dos objetivos comuns, afinal a nossa Constituição no Artigo Primeiro, Parágrafo Único, garante " Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição".
Há muito o nosso movimento comunitário está fragmentado e cooptado pelo poder Executivo ou o Legislativo, e isto não é apenas em nossa cidade, mas em TODOS os Municípios brasileiros.
Algum tempo atrás convidado pelo COMAM para participar de uma assembléia da FAMERJ, no Rio de Janeiro, pude constatar que o que acontece em nossa comunidade não é diferente do que acontece em outras comunidades.
Nossos líderes comunitários brigam por algo que é de povo, que é o poder, e acabam partipando de um círculo vicioso, que não consegue solucionar as mínimas necessidades, seja na área da saúde, ou da educação, por exemplo, por que ao entregar o poder aos que acreditávamos que iriam ser os responsáveis pelas mudanças que almejamos, acabamos participando de mais um processo degenerativo de nossa sociedade, que continua a ser "manipulada" na busca das necessidades pessoais dos "salvadores da pátria" e seus "parceiros", que acabam levando vantagens, seja através de um cargo na Prefeitura, ou na Câmara, ou no Governo Estadual ou Federal, ou nas mais diversas formas de desvios do dinheiro público, fatos estes divulgados nas mídias a vários anos.
Mas os culpados somos nós mesmos,por que somos acomodados e não acompanhamos e nem fiscalizamos os nossos "funcionários eleitos", e tenham a certeza que é chegada a hora de toda a sociedade organizada MUDAR este cenário, por que só fazem conosco aquilo que permitimos.
Nesta assembléia da FAMERJ não se conseguiu chegar a um concenso em relação a Diretoria eleita e hoje esta entidade depende da justiça para determinar qual das duas diretorias são realmente as que tem o compromisso e a responsabilidade de lutar pelas causas comunitárias do Estado do Rio de Janeiro.
E desta forma, o COMAM que participou desta assembléia e faz parte de uma das diretorias está aguardando a definição da justiça para poder participar do processo comunitário da FAMERJ, que há muito tem problemas relacionados ás soluções das causas comunitárias, e como o COMAM, não consegue somar e multiplicar esforços na busca do bem comum, devido a individualidade e as vaidades, que infelizmente imperam em nossa sociedade.
Então, não achamos justo que uma Diretoria que participou do pleito, que não é a que o COMAM apoiou, venha a cidade de Angra dos Reis, participar de uma reunião com um grupo de pessoas que buscam desagregar o nosso movimento comunitário, já tão abalado pelo "abandono" do COMAM, ocasionado pelo descaso das associações que fazem parte do mesmo.
Desde o dia 30 de maio, dia da fundação da FAMAR,Federação das Associações de Moradores de Angra dos Reis, temos somado com o COMAM na tentativa de mudar os caminhos do movimento comunitário, mas infelizmente, a falta de participação das associações de moradores filiadas ao COMAM, aliado com o fato destas estarem em dívidas com o COMAM, que desta forma NÃO TEM A MÍNIMA CONDIÇÃO de sobrevivência, isto é, não pode manter um aluguel de imóvel para a sua sede, ou um telefone e até mesmo manter um empregado sequer para colaborar em suas atividades, não temos conseguido atingir este objetivo, por que estas entidades que deveriam defender o COMAM, são as primeiras a criticarem, mas sequer são capazes de pagar uma taxa, cujo valor atual é de R$ 16,80, e ainda exigem o direito de voto nas Assembléias do COMAM.
Se o COMAM errou, erraram também TODAS as associações. Lembramos que quem vive de passado é museu, e temos que aprender com os erros do passado, viver o presente, e planejar o futuro.
Sem a mudança de conceitos nada poderá ser realizado e a FAMAR convida a todos os presidentes de associação que tenham o compromisso real com suas comunidades que venham a participar e colaborar para a reedificação do movimento comunitário de Angra dos Reis, afinal um povo unido jamais será vencido e um povo desunido sempre será vencido.
Nós próximos dias a FAMAR estará, através do Programa Vamaos dar as Mãos, apresentado por Raquel de Oliveira, no Rio de Janeiro, na FAMERJ fazendo uma entrevista com o senhor Wilson que é o Diretor de uma das Diretorias que "lutam" para assumir o "poder" da FAMERJ e iremos esclarecer diversas dúvidas sobre as ações da FAMERJ e seus filiados, inclusive o COMAM.
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